São
tantas as reclamações em relação à saúde no Brasil que é até difícil de
enumerar. A crise do Hospital Mario Gatti é um belo exemplo do estado do
Sistema Único de Saúde (SUS). No mês passado a situação chegou a uma condição
crítica, em que houve superlotação, cancelamento de internações e detecção de
problemas na estrutura física do prédio, como goteiras e parede descascada.
Outro
caso é o do Hospital Cândido Ferreira que deve substituir os funcionários
terceirizados por outros concursados. As demissões já começaram, mas são muitos
os colaboradores para que a transição seja organizada, suave e não prejudique o
atendimento à população. Pela dificuldade em resolver o caso com rapidez, a
Prefeitura pediu ao Ministério Público uma prorrogação de seis meses. O prazo
atual vence no dia 2 de agosto.
Os
problemas não afetam somente os hospitais, mas também os postos de saúde. É
comum passar duas, três ou até quatro horas nesses locais para uma consulta com
o clínico geral e explicar para ele como está a dor de cabeça. Em busca de um
atendimento mais rápido, muitos pacientes vão direto aos hospitais para
resolver este tipo de problema, o que torna a situação ainda mais difícil para
pacientes mais graves.
Procedimentos
como raio-x, leitos de observação, tomar soro na veia e outros mais básicos
deveriam ser oferecidos pela maioria dos postos de saúde. O modelo atual de
gestão da saúde efetuada pelo município concentra o atendimento da população
nos grandes hospitais. O ideal seria o aparelhamento dos postos de saúde com
equipamentos, infraestrutura e profissionais suficientes, para que o primeiro
atendimento seja efetuado nessas unidades. Desse modo, se ganha agilidade e se
evitam deslocamentos desnecessários.
Os
investimentos na área da saúde são necessários para atender com a maior
qualidade possível a população, principalmente a de baixa renda. O dinheiro que
mantém a saúde, no entanto, deve estar aliado a uma boa gestão para evitar
desperdícios. Enfim, a conclusão é de que o SUS também precisa de um check-up.
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