quarta-feira, 20 de junho de 2012

O SUS está doente?

São tantas as reclamações em relação à saúde no Brasil que é até difícil de enumerar. A crise do Hospital Mario Gatti é um belo exemplo do estado do Sistema Único de Saúde (SUS). No mês passado a situação chegou a uma condição crítica, em que houve superlotação, cancelamento de internações e detecção de problemas na estrutura física do prédio, como goteiras e parede descascada.

Outro caso é o do Hospital Cândido Ferreira que deve substituir os funcionários terceirizados por outros concursados. As demissões já começaram, mas são muitos os colaboradores para que a transição seja organizada, suave e não prejudique o atendimento à população. Pela dificuldade em resolver o caso com rapidez, a Prefeitura pediu ao Ministério Público uma prorrogação de seis meses. O prazo atual vence no dia 2 de agosto.

Os problemas não afetam somente os hospitais, mas também os postos de saúde. É comum passar duas, três ou até quatro horas nesses locais para uma consulta com o clínico geral e explicar para ele como está a dor de cabeça. Em busca de um atendimento mais rápido, muitos pacientes vão direto aos hospitais para resolver este tipo de problema, o que torna a situação ainda mais difícil para pacientes mais graves.

Procedimentos como raio-x, leitos de observação, tomar soro na veia e outros mais básicos deveriam ser oferecidos pela maioria dos postos de saúde. O modelo atual de gestão da saúde efetuada pelo município concentra o atendimento da população nos grandes hospitais. O ideal seria o aparelhamento dos postos de saúde com equipamentos, infraestrutura e profissionais suficientes, para que o primeiro atendimento seja efetuado nessas unidades. Desse modo, se ganha agilidade e se evitam deslocamentos desnecessários.

Os investimentos na área da saúde são necessários para atender com a maior qualidade possível a população, principalmente a de baixa renda. O dinheiro que mantém a saúde, no entanto, deve estar aliado a uma boa gestão para evitar desperdícios. Enfim, a conclusão é de que o SUS também precisa de um check-up.

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